Anos 70 – A Revolução na Pista de Dança

Falando sério, só aqui entre nós: No que você pensa quando ouve as palavras ‘anos setenta’? Talvez pelo romantismo e movimentos pacifistas muito populares na época – o famoso ‘Faça Amor, Não a Guerra’ – cabelos compridos, saias longas, coletes franjados e calças flare devem ser a primeira coisa na sua mente, resumindo, os hippies e a tão amada era Disco, sem contar o Glam Rock. Essa década, particularmente falando, é a minha favorita, tanto em questões sociais quanto à moda. Foi um momento da história recheado de valorização da individualidade, liberdade feminina e representatividade das minorias.

A moda de um período histórico diz muito sobre suas gerações, e por mais superficial que isso possa soar, representa sim a forma como as pessoas eram vistas na sociedade e ainda são. Quer exemplos? Nos anos 70, as mulheres ganharam mais visibilidade na música rock com a banda The Runaways em 1975 com seu visual “pouco feminino” para o que as pessoas estavam acostumadas, calças flare, jaquetas de couro e camisas sociais eram predominantes no visual das roqueiras que pregavam pela liberdade sexual e social das mulheres, tendo a guitarrista e cantora Joan Jett como um dos ícones de estilo da época.

 

Botas com salto grosso e plataformas altas eram muito usadas pelas artistas e fãs da banda que se influenciavam com o estilo delas.

 

Roupas consideradas mais masculinas foram redefinidas como unissex, assim como os homens começaram a se libertar dos padrões e misturar cores e acessórios como anéis, colares e até mesmo maquiagem, tendo como ícone de estilo o cantor David Bowie com seu personagem ZiggyStardust.

Saindo do rock, em meados dessa década maravilhosa, tivemos a era Disco popularizada pelos Bee Gees e pelo filme “Nos Embalos de Sábado à Noite”, protagonizado por John Travolta que se tornou outro ícone de estilo com calças flare em roupas sociais e golas de camisa levantadas em toda a sua glória.

Inclusive, os sapatos sociais masculinos ganharam um salto mais alto e até botas de plataforma baixa começaram a ser usadas pelos homens, com cores vívidas e brilhantes.

                    

 

Sapatos com bicos arredondados ficaram mais populares do que os de bico fino, os saltos foram se engrossando – sendo adicionados até em tênis e oxfords –, a meia pata ganhou espaço e as cores mais inusitadas foram tomando conta dos pés da geração Baby Boom, às vezes ganhando até glitter! Mas as mulheres também não abandonaram o salto fino, as sandálias com tiras de plástico também eram muito usadas com meias coloridas, minissaias e vestidos plissados.

Os sapatos de salto grosso ainda estão super em alta por serem estilosos e mais confortáveis por darem um apoio maior para os pés. Um calçado que ainda é muito usado hoje em dia, não só pelos adeptos ao estilo roqueiro ou ripongo, mas também pelos góticos que vieram a criar uma subcultura nos anos 80 muito popular até os dias atuais, são os sapatos de plataforma nas mais variadas alturas, dando um estilo diferente e único com muito conforto.

A moda deste período foi tão revolucionária que os estilos hippie e rock n’ roll ainda têm muitos admiradores até hoje, até pela questão do unissex ser praticamente usado por todas as pessoas.Peças como batas floridas, blusas “ciganinha” e calças flare voltaram com o passar dos anos, assim como a moda da meia por baixo do salto alto voltou depois do ano de 2016 com tudo, dando liberdade às mulheres de montar looks mais divertidos e saírem do clichê mesmo fora da pista de dança.

 

 

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